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A tática do governo operário e camponês - Nahuel Moreno

Extrato do Livro A traição da OCI(U) e Escolas de Quadros de Nahuel Moreno



O governo operário e camponês
Ao desaparecer a frente única entre as táticas do trotskismo, surge outra, que rapidamente adquire status como uma das táticas mais importantes do nosso movimento: o governo operário e camponês.

Não é casual que Trotsky não levantou essas duas táticas ao mesmo tempo, e que surgisse uma na medida que desapareceria a outra. Como dissemos, a frente única é um chamado, feito por um partido revolucionário com influência de massas, a um partido reformista majoritário à luta conjunta, em base a pontos comuns.

O governo operário e camponês como tática frente aos partidos operários corresponde a outra etapa, quando os partidos stalinistas e social–democratas deixaram de ser reformistas para converter–se em contra–revolucionários, já que se passaram definitivamente à ordem burguesa. A frente única parte da na base de que existem atritos entre a burguesia e os partidos operários. A tática de governo operário e camponês se levanta quando existe uma profunda unidade contra–revolucionária entre eles, o que é característico na atual etapa histórica.
A frente é o chamado à mobilização das massas com suas direções reformistas. O governo operário e camponês não é um chamado, mas sim uma exigência; não para lutar conjuntamente, mas sim, para que essas direções rompam sua colaboração e sua aliança com a burguesia e tomem o poder com um programa revolucionário. É em síntese, o chamado às massas a romper com suas direções traidoras ou obrigar a estas a romper com a burguesia.

Por tudo isso, a frente única e o governo operário e camponês são táticas opostas, que correspondem a etapas totalmente diferentes da luta de classes.
Digamos, para concluir, que só nos referimos ao governo operário e camponês como tática para varrer as direções traidoras do movimento operário, e não no outro sentido que é descrita pelas Teses (da IV–CI), quer dizer como tipo específico de governo


***


Gobierno obrero y campesino : Lenin y Trotsky barajan la posibilidad de que, por una vía reformista, los soviets dirigidos por los partidos oportunistas tomen el poder sin hacer ninguna revolución. Y a eso lo llaman gobierno obrero y campesino. Pero esta fórmula de ellos combinaba dos elementos. Después vamos a ver que Trotsky cambió, y no combinaba los dos elementos, los implicaba. Tiene que ver con la época, cambia con la época. Trotsky dice por ahí que [su planteo de] gobierno obrero y campesino es igual a lo que Lenin y él plantearon en 1917, y que es lo que él plantea en el Programa [de Transición]. Y eso es falso, equivocado, o correcto dentro de la confusión entre régimen y Estado. ¿Qué plantean [ellos]?: que los soviets dirigidos por partidos oportunistas tomen el poder. Son dos problemas institucionales. Que los soviets tomen el poder significa una dictadura del proletariado. Y qué dirección tiene es un problema de carácter secundario. En ese momento el elemento determinante de la consigna es que los soviets tomen en poder.
Ojo, porque para nosotros esta posibilidad hipotética tiene una importancia tremenda. Para nosotros no es la táctica de gobierno obrero y campesino, sino que es la táctica de una dictadura del proletariado democrática. Y nosotros creemos que, ni bien entre en acción el proletariado ruso o el yanqui, vamos a ver muchas, pero muchas [oportunidades de aplicarla]. A lo mejor va a ser la gran consigna del trotskismo, y tremenda, obligando a los Solidaridad de todo el mundo a que tomen el poder, y ellos negándose. [Puede ser] una bomba.

–¿Esa dictadura del proletariado sería reformista?

–Sí. Puede ser centrista o de partidos trotskizantes. No nuestra, pero bien democrática.

–¿No es dictadura revolucionaria del proletariado?

–No, pero es dictadura del proletariado porque las instituciones son obreras . Toman [el poder] los sindicatos, los soviets, y con democracia. Incluso nos dan mucha democracia a nosotros, porque ellos tienen la amplia mayoría. Se quedan lo más tranquilos y empiezan a discutir si pactan con el imperialismo, le piden préstamos y barbaridades por el estilo. Si Walesa terminaba tomando el poder–obligado a patadas por el proletariado; tantas patadas le daban que al final tomaba el poder– iba a hacer todo eso. Pero iba a ser dictadura del proletariado, [y] mucho mejor que la de Fidel Castro (eso es lo que discutimos con Barnes).

Nosotros no descartamos esa variante. Opinamos que es una genialidad de Lenin y Trotsky, [aunque] mal formulada, porque lo que de verdad se puede llamar gobierno obrero y campesino es cuando nosotros les exigimos a los partidos que tomen el poder. Pero no apoyados en los órganos de la clase obrera sino por el solo hecho de que son ampliamente mayoritarios y tienen una audiencia de masas. Entonces nosotros les exigimos que rompan con la burguesía y tomen el poder, sin instituciones y sin nada, o apoyándose en ellas, pero [de manera] secundaria. El factor determinante que después plantea el trotskismo es el partido. No plantea como punto esencial el organismo. Confunde, o combina, partido con organismo. Después se separan, porque, si toman [el poder] los partidos es un régimen, pero si lo toman las instituciones es un Estado, cambia el Estado.

imagem:  cartaz de propaganda da Guerra Civil Russa de 1919 a 1921 é de Vladimir Lebedev,

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