Do Portal do PSTU
"Cada distinção especial para as mulheres no trabalho de uma organização operária é uma forma de elevar a consciência das trabalhadoras e aproximá-las das fileiras daqueles que estão lutando por um futuro melhor. O Dia da Mulher e o lento, meticuloso trabalho feito para elevar a autoconsciência da mulher trabalhadora estão servindo à causa, não da divisão, mas da união da classe trabalhadora."
Nascida numa família rica de origem nobre, em 31 de maio de 1872, na Finlândia, Chura Domontovich - seu nome de nascimento - foi a principal dirigente mulher da Revolução de Outubro. O nome Kollontai veio do casamento com o primo Vladimir Kollontai, oficial do Exército do czar.
O encontro com o marxismo veio ainda na juventude, numa Rússia em que os debates e ações contra o czarismo fervilhavam sobre o regime decadente. Em 1890, ingressa no Partido Social-Democrata Operário Russo (POSDR). Sua primeira prova de fogo foi a revolução de 1905, da qual participou ativamente e lhe rendeu a amizade com Lênin e Krupskaia. Nesse período, fazia parte da fração menchevique do POSDR, em que permanece até por volta de 1915 para se alinhar, definitivamente, aos bolcheviques.
Formada em economia na Suíça, escritora, legisladora, propagandista: eis algumas das habilidades desta revolucionária. Kollontai foi, talvez, quem, pela primeira vez na história, tenha conseguido relacionar e sistematizar feminismo e marxismo. Como ativa militante feminista e socialista, defendeu a inclusão da mulher na revolução, mas sabia que isso não bastava e que a extinção da propriedade privada não acabaria automaticamente com a opressão histórica da mulher. Por isso, defendeu a liberdade de organização das mulheres.
Em 1917, pouco antes da revolução e ainda na presa, foi eleita para o Comitê Central no VI Congresso do Partido. Após a revolução de fevereiro de 1917, retorna a Rússia. Já no governo dos sovietes, foi Comissária do Povo para a Segurança Social. Em 1918, porém, renuncia ao Comitê Central por se opor ao tratado de paz de Brest-Litovsk, assinado por Trotsky para tirar a Rússia da guerra, impondo a derrota do país no conflito.
Nunca separada da luta das mulheres, em 1918, organizou o primeiro Congresso de Mulheres Trabalhadoras da Rússia. É de sua autoria a legislação revolucionária soviética que estabeleceu, de forma inédita, a igualdade de direitos entre mulheres e homens.
Em 1930, numa declaração pública, manifestou seu apoio ao regime estalinista. Ironicamente, o regime que passara a apoiar foi o mesmo que acabou, entre outras coisas, com os maiores avanços que a humanidade já vira com relação às mulheres. O estalinismo enterrou, junto com suas vítimas executadas, os direitos das mulheres e a nova concepção de família que surgia, resgatando o que havia de pior do moralismo burguês e religioso.
Kollontai morreu em Petrogrado, em 9 de março de 1952. Ao longo de sua vida, ocupou cargos diplomáticos como embaixadora russa na Suécia, no México e na Noruega. Foi a primeira mulher do planeta a atingir tal status.
"Cada distinção especial para as mulheres no trabalho de uma organização operária é uma forma de elevar a consciência das trabalhadoras e aproximá-las das fileiras daqueles que estão lutando por um futuro melhor. O Dia da Mulher e o lento, meticuloso trabalho feito para elevar a autoconsciência da mulher trabalhadora estão servindo à causa, não da divisão, mas da união da classe trabalhadora."
Nascida numa família rica de origem nobre, em 31 de maio de 1872, na Finlândia, Chura Domontovich - seu nome de nascimento - foi a principal dirigente mulher da Revolução de Outubro. O nome Kollontai veio do casamento com o primo Vladimir Kollontai, oficial do Exército do czar.
O encontro com o marxismo veio ainda na juventude, numa Rússia em que os debates e ações contra o czarismo fervilhavam sobre o regime decadente. Em 1890, ingressa no Partido Social-Democrata Operário Russo (POSDR). Sua primeira prova de fogo foi a revolução de 1905, da qual participou ativamente e lhe rendeu a amizade com Lênin e Krupskaia. Nesse período, fazia parte da fração menchevique do POSDR, em que permanece até por volta de 1915 para se alinhar, definitivamente, aos bolcheviques.
Formada em economia na Suíça, escritora, legisladora, propagandista: eis algumas das habilidades desta revolucionária. Kollontai foi, talvez, quem, pela primeira vez na história, tenha conseguido relacionar e sistematizar feminismo e marxismo. Como ativa militante feminista e socialista, defendeu a inclusão da mulher na revolução, mas sabia que isso não bastava e que a extinção da propriedade privada não acabaria automaticamente com a opressão histórica da mulher. Por isso, defendeu a liberdade de organização das mulheres.
Em 1917, pouco antes da revolução e ainda na presa, foi eleita para o Comitê Central no VI Congresso do Partido. Após a revolução de fevereiro de 1917, retorna a Rússia. Já no governo dos sovietes, foi Comissária do Povo para a Segurança Social. Em 1918, porém, renuncia ao Comitê Central por se opor ao tratado de paz de Brest-Litovsk, assinado por Trotsky para tirar a Rússia da guerra, impondo a derrota do país no conflito.
Nunca separada da luta das mulheres, em 1918, organizou o primeiro Congresso de Mulheres Trabalhadoras da Rússia. É de sua autoria a legislação revolucionária soviética que estabeleceu, de forma inédita, a igualdade de direitos entre mulheres e homens.
Em 1930, numa declaração pública, manifestou seu apoio ao regime estalinista. Ironicamente, o regime que passara a apoiar foi o mesmo que acabou, entre outras coisas, com os maiores avanços que a humanidade já vira com relação às mulheres. O estalinismo enterrou, junto com suas vítimas executadas, os direitos das mulheres e a nova concepção de família que surgia, resgatando o que havia de pior do moralismo burguês e religioso.
Kollontai morreu em Petrogrado, em 9 de março de 1952. Ao longo de sua vida, ocupou cargos diplomáticos como embaixadora russa na Suécia, no México e na Noruega. Foi a primeira mulher do planeta a atingir tal status.
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